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Arquitetos: büro für bauform
- Área: 284 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Markus Vogt
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Fabricantes: Alape, Bauder, Brucha, Fischer, HeidelbergCement, Stahlbau Zienert, Steinberg
Descrição enviada pela equipe de projeto. O prédio representa como imaginamos as pessoas vivendo no futuro. O jardim da cobertura aumenta a biodiversidade das cidades, melhora a qualidade do ar e resfria o edifício, através do sombreamento e da vaporização de água. Além disso, os moradores compartilham a horta para cultivar verduras e frutas perto de suas casas. A ideia de comunidade é a pedra fundamental deste projeto. A imagem do edifício é baseada em sua fachada histórica, que foi demolida durante o bombardeio da Segunda Guerra Mundial. Inacabado, bruto e aberto, o volume arquitetônico é uma representação de seus próprios destroços.
Este projeto é uma experiência de usar materiais não convencionais para obter uma arquitetura de alta qualidade em um ambiente urbano. Os métodos de construção foram emprestados de estruturas industriais e aprimorados por meio de detalhes personalizados. Os materiais altamente pré-fabricados garantem o andamento da construção em tempo hábil, além de uma boa relação custo-benefício.
A estrutura de aço garante flexibilidade e adaptabilidade para usos futuros. As plantas na cobertura são regadas com água da chuva coletada e ajudam a reduzir a pegada de carbono do edifício. O volume é uma simbiose entre estruturas orgânicas e edificadas.
Cada morador do edifício tem acesso ao jardim para cultivar alimentos saudáveis e orgânicos. A casa se torna uma simbiose de estrutura orgânica e habitação no centro da cidade. A presença das plantas aumenta a biodiversidade, enquanto desempenha um papel vital no sombreamento e no resfriamento do edifício durante o verão.
A casa foi adquirida por uma família com o objetivo de a transformar num edifício multiúso, que inclui uma unidade residencial para os seus cinco membros, três espaços comerciais e dois apartamentos de um quarto. Os bairros históricos de Nuremberg têm uma alta densidade urbana e é quase impossível encontrar casas com áreas verdes privativas. Assim, optou-se por ocupar o tradicional quintal dos fundos e colocá-lo na cobertura do edifício.
O resultado é uma nova e única tipologia urbana, com muito potencial para futuras habitações. A estrutura de aço que emoldura o jardim da cobertura é uma referência à forma original do telhado pré-guerra. Do ponto de vista patrimonial, o arquiteto optou por recriar a forma dos beirais originais com vigas de aço, resultando numa citação poética de um espaço perdido.
Todos os moradores podem usar a cobertura para atividades recreativas e de jardinagem, que é o uso principal e deriva o nome do edifício, Casa Planta. Ao usar floreiras, a experiência é menos exaustiva e os coletores de chuva garantem um abastecimento de água sustentável. Este edifício é um protótipo para uma futura forma de coabitação, que garante o acesso a alimentos saudáveis e uma vida comunitária consciente nas cidades.